Shine

Conta a história do pianista australiano David Helfgott e o seu talento genial.
Desde pequeno o talento de David já é visível, porém, seu pai repressor querendo do seu modo o bem do filho, repreende o garoto de aceitar as oportunidades que lhe aparecem.
Até que um dia é selecionado para a escola de música renomada de Londres e fugindo do seu pai vai até Londres.
Buscando a perfeição David o que leva ao desequilíbrio mental.
Só amor de a sua mulher o faz seguir em frente, se desligando da sociedade e dando total atenção ao seu talento.
Um filme genial, que mostra de uma forma sensível a busca pela perfeição e o amor pela música.

Antricristo

É importante dizer que o próprio Lars Von Trier que escreveu e dirigiu o filme se recusou a explicalo-lo. Foi definido pelo próprio como um filme sem regras.
O filme foi escrito durante uma depressão profunda que Lars Von Trier teve, e foi encarado como um esboço, um tratamento contra a depressão pelo próprio.
Em sua primeira exibição, o filme foi vaiado e alguns críticos saíram antes do fim do filme.
Em minha opinião, Anticristo é um filme fantástico e muito bem feito, porém causa de asco na sociedade por ser incompreensível para seus cérebros. Seria como comida pesada para o estômago de um bebê.
A história é sobre o trauma enfrentado por um casal após a morte acidental do filho.
Ela encara uma depressão profunda e ele um terapeuta decide cuidar de seu caso com a chamada psicoterapia cognitiva (que é útil para solucionar medos e traumas) fortemente mostrada no filme onde o casal viaja para uma casa de campo isolada na floresta denominada ''Éden''.
Muitos dizem que o filme deve ser proibido para menores de idade, mas o filme mostra uma realidade normal que ninguém quer ver.
Também visto como forte por ter cenas de sexo explicito (pornô é quase normal para sociedade sendo secretamente assistido na maioria das famílias), cenas de violência/mutilação (que família não sentiu também certa satisfação secreta ao assistir filmes como Jogos Mortais?).
Assista, se seu cérebro permitir.

Contos proibidos do Marquês de Sade

Filme que conta a história do Marquês de Sade em seu tempo no hospicio.
Marquês de Sade foi um escritor libertino do século 18.
Ele escreveu a maioria de suas obras em um hospicio onde foi internado por causa do seu comportamento e de seus texto eróticos (pesados para época).
Marquês de Sade era ateu, e suas obras eram consideradas apologias ao crime pois na época ser ateu era crime.
Usava de suas obras para criticar a sociedade e seus costumes de forma irônica.
Seus dois principais personagens foram Justine (que mostra no filme) a ingênua defensora do bem, que sempre acaba sendo envolvida em crimes e depravações, terminando seus dias fulminada por um raio que a rompe da boca ao ânus quando ia à missa,sua irmã, que encarna o triunfo do mal, fazendo uma sucessão de coisas abjetas, como matar uma de suas melhores amigas lançando-a na cratera de um vulcão ou obrigar o próprio papa a fazer um discurso em defesa do crime para poder tê-la em sua cama. As orgias com o papa Pio VI em plena Igreja de São Pedro, no Vaticano, fazem parte da trama sacrílega e ultrajante do romance Juliette, com a fala do pontífice transformada em agressivo panfleto político: A Dissertação do Papa sobre o Crime. Sade tinha o costume de inserir panfletos político-filosóficos em suas obras. O panfleto Franceses, mais um Esforço se Quiserdes Ser Republicanos, que prega a total ruptura com o cristianismo, foi por ele encampado ao romance A Filosofia na Alcova, no qual um casal de irmãos e um amigo libertino seqüestram e pervertem uma menina, fazendo-a matar empalada a própria mãe que tenta resgatá-la no final.
Sade também tem forte influência na revolução sexual, tendo pensamento liberal a respeito e mostrando uma visão moderna para a época quando o assunto se trata homosexualismo. Como exemplo em um de seus livros ele inverte a situação da época mostrando o heterosexual como criminoso que é punido com morte.
Também teve seu nome usado no termo médico Sadismo.

Lolita (1962 x 1997)

Lolita foi baseado no livro polemico de Vladimir Nabokov.
Apesar de o primeiro filme baseado no livro, lançado em 1962 ser de autoria de Kubrick, em minha opinião tem certa falta de detalhes.
Talvez Kubrick não quisesse mesmo mostrar o lado psicológico da história, não explicando o fator principal da história, talvez para causar mais choques nas pessoas da época.
Já o de 1997 de autoria de Adrian Lyne tem mais riqueza de detalhes principalmente começando pelo começo.


Humbert é um homem refinado capaz de conquistar qualquer mulher. Porém, na adolescência é traumatizado por um romance que acaba com a morte de sua amada, causando então um choque em Humbert que se vê eternamente fixado por ninfetas.
Com a intenção de dar aulas de Francês, Humbert muda-se para uma pequena cidade em New England onde aluga um quarto na casa da viúva Charllote Haze.
Logo que conhece Lolita, filha de Charllote vê seu romance da adolescência voltando, e se vê completamente apaixonado por ela.
Aceitando até se casar com a torturante e insuportável Charllote.
E assim logo depois de uma grande tragédia Lolita e Humbert partem em uma grande viagem entre os EUA que para Humbert acaba sendo algo bem distante de um sonho.
Um filme que perturbou a mente da sociedade, e que como o livro também muito interessante porém um pouco cansativo, mostra a mente de um pedófilo e as origens de seu trauma e de sua fixação.

Delicatessen

Delicatessen é uma ‘’comédia’’ muito original.
Um filme futurista que fala sobre o caos em que chegaríamos. Onde vegetarianos vivem em subterrâneos e os carnívoros são canibais.
O filme se passa em um prédio onde no térreo se encontra um açougue. O açougueiro mata os pobres rapazes que vão procurar emprego como zelador do prédio e vende sua carne para os moradores do prédio.
Então, um infeliz ex palhaço de circo vai procurar emprego lá. Contratado, se instala lá onde conhece a filha do açougueiro e logo ambos se apaixonam. E então a filha do açougueiro começa a tentar de todas as maneiras fazer com que seu novo amor não seja seu próximo alimento.
Primeiro sucesso de Jean-Pierre Jeunet o mesmo diretor de O fabuloso destino de Amelie Poulain.
Filme crítico sobre épocas de sobrevivência e até onde talvez nosso gasto excessivo e desnecessário nos levará.

Nascido em 4 de julho

Ron Kovic desde pequeno é patriota e sonha em um dia lutar em alguma guerra pelo seu país.
Aos 18 anos acaba sabendo que seu país, os EUA está em guerra no Vietnã e decide se alistar nos Fuzileiros Navais e ir para guerra.
Lá ele vê a desgraça de perto, a morte de inocentes, mas mesmo assim continua patriota até se ferir em combate e acabar paraplégico.
Sem chances de conseguir voltar a andar, paralisado do peito para baixo, Ron passa por situações precárias no hospital dos veteranos da guerra do Vietnã até ganhar finalmente alta.
E finalmente começa a questionar seu patriotismo, se matar crianças e mulheres inocentes na guerra fez algum sentido e se torna um ativista.
Filme muito bom, que questiona o patriotismo dos americanos, até que ponto é certo.
Principalmente tendo como tema a guerra do Vietnã onde muitos inocentes morreram.

Laranja Mecânica

Mais um filme que toca no tumor da sociedade feito por Stanley Kubrick.
Tanto foi a reação que o filme foi lançado em 1971, mas foi proibido aqui no Brasil até 1978.
O filme passado em uma época futurista com um pouco de surrealismo, dá uma forte pressionada no psicológico da pessoa como em outros filmes de Kubrick.
Tendo como principal Alex e seus companheiros ‘’drugues’’, movidos a um leite denominado ‘’moloko’’, o qual não seria um leite comum, aguçando os sentidos e acordando ‘’a velha ultraviolência’’.
O filme mostra mais sobre Alex que passa suas noites se divertindo com ‘’visitas surpresas’’ a desconhecidos, surrar, estupros, enfim, brutalidade máxima causada pelo tal moloko.

Entre uma dessas noites de diversão, Alex é pego pela policia e então entra a outra parte, a violência psicológica.
Alex se submete a um tratamento experimental para se livrar da sua vontade natural de violentar as pessoas.
O tratamento consiste em uma lavagem cerebral através de filmes que mostram atos de violência explicita. Formando então um cidadão com asco a violência (causando fortes crises de vômito), frágil, incapaz de violentar qualquer pessoa/ser.
Por tornar-se um ser frágil e incapaz, acaba nas mãos da vingança de quem foi violentado ou manipulado por ele.
Laranja Mecânica, com certeza é um filme polêmico, mas não pelas cenas de violência física, mas pela violência psicológica, o processo que o ‘’poder’’ impõe ao indivíduo para que ele se torne um ser sem opção, robotizado e guiado pelo poder; Um ser sem ações próprias, uma Laranja Mecânica.

PS: Vale a pena ler o livro também.